MS descarta segundo caso suspeito de gripe aviária

Os dois casos suspeitos de gripe aviária investigados semana ada em Mato Grosso do Sul, nos municípios de Angélica e Jardim, foram oficialmente descartados. A informação foi confirmada pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), que reforça que o Estado continua sem novos registros da doença em 2025.

Ambas as suspeitas envolviam aves domésticas criadas na área rural. Com isso, já são 50 casos investigados e descartados em 27 municípios do estado. Mato Grosso do Sul contabiliza, ao longo de sua história, apenas um caso confirmado de gripe aviária, registrado em 2023 no município de Bonito.

De acordo com o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, o aumento recente no número de notificações ocorre principalmente devido à emergência sanitária no Rio Grande do Sul, onde um foco foi confirmado no último dia 15. “É natural que, diante de episódios assim, haja um crescimento nas notificações. A Iagro segue com equipe capacitada e protocolos rígidos para garantir uma resposta rápida e eficaz”, afirmou.

Exportações e impactos no setor

Apesar dos casos confirmados em outros estados, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que os focos não devem impactar significativamente o preço da carne de frango. No entanto, ao menos 13 países, incluindo China, União Europeia, Argentina e México, já suspenderam temporariamente as importações de produtos avícolas do Brasil.

Com essa suspensão, a expectativa é de maior oferta no mercado interno, o que pode gerar uma leve redução nos preços de frango e ovos ao consumidor final nas próximas semanas.

Em contrapartida, Mato Grosso do Sul segue com desempenho positivo nas exportações. Somente em março de 2025, o estado exportou 17,7 mil toneladas de carne de frango in natura, gerando US$ 103,3 milhões — um aumento de 43% em valor e 38% em volume, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Monitoramento contínuo

A gripe aviária é causada pelo vírus Influenza A e pode provocar sintomas como dificuldade respiratória, espirros, torcicolo, diarreia e mortalidade elevada nas aves. O governo brasileiro segue com ações reforçadas de vigilância, especialmente em áreas com presença de aves migratórias ou criadouros comerciais.

Todas as suspeitas devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio das Inspetorias de Defesa Agropecuária.