Em agenda em Brasília com os demais governadores e ministros sobre estratégias para conter as queimadas, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, falou sobre a necessidade de encontrar solução para avançar no processo de demarcação de terras.
O encontro, realizado na noite no Palácio do Planalto. "Ninguém ganha com isso. É uma situação extremamente ruim para o Estado, para as comunidades indígenas, para a Polícia Militar que age em determinação da Justiça", lamentou o governador.
Ele enfatizou a importância de um diálogo contínuo e da busca por indenizações justas para resolver as disputas. Riedel lembrou que o presidente Lula esteve em Mato Grosso do Sul no mês de abril e prometeu que ajudaria a resolver o ime.
Embora o assunto central era sobre as queimadas, as discussões também se voltaram para os conflitos fundiários e as reivindicações de terras por comunidades indígenas que buscam reconhecimento de seus territórios originais, em contraste com os direitos dos proprietários atuais.
Atualmente, em Mato Grosso do Sul, os locais palco de conflitos estão concentrados em Antônio João, Douradina e Dourados, contudo, há reivindicação de terras em várias cidades.
Queimadas
O governo federal prometeu a liberação de mais recursos para o combate às queimadas e a compra de equipamentos para que os estados enfrentem uma das piores estiagens em décadas no país. A garantia foi do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
O encontro foi uma iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que essa semana também se reuniu com os chefes de Poderes, para definir a ampliação de medidas contra o fogo. Segundo o ministro, além dos R$ 514 milhões de crédito extraordinário liberados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá uma linha de crédito para compra de viaturas e equipamentos de uso pelos bombeiros, e os estados vão receber novos recursos com base na apresentação das demandas específicas.