Autor da proposta argumenta que a pena atual é branda e estimula a impunidade
01/02/2021 09h00 - Por Agência Câmara de Notícias
O Projeto de Lei 4626/20 aumenta as penas para os crimes de abandono e maus-tratos de incapaz. A proposta, de autoria do deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) e de outros três deputados, altera o Código Penal e o Estatuto do Idoso.
O texto agrava a pena atual para abandono de incapaz, que é de seis meses a três anos de detenção, ando para dois a cinco anos de reclusão.
Se o abandono resultar em lesão corporal grave, a pena a a ser de três a sete anos de reclusão.
Atualmente, o Código Penal estabelece pena de um a cinco anos. E se o abandono resultar na morte do incapaz, a pena, que hoje vai de 4 a 12 anos, a a ser de 8 a 14 anos.
O PL 4626/20 também agrava as penas para o crime de maus-tratos para quem exp a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia.
A pena atual, que é de dois meses a um ano de detenção, ou multa, aria a ser de dois a cinco anos de reclusão.
Se o fato resultar em lesão corporal grave da vítima, a pena seria de três a sete anos de prisão. Hoje, ela é de um a quatro anos.
E se os maus-tratos resultarem em morte, a pena, atualmente estipulada em reclusão de 4 a 12 anos, aria a ser de 8 a 14 anos.
A proposta também sugere mudanças no Estatuto do Idoso, alterando a punição para quem exp a pessoa a partir de 60 anos a perigo, submetendo-a a condições desumanas ou degradantes.
A pena atual, que é de detenção de dois meses a um ano e multa, aria a reclusão de dois a cinco anos.
Em caso de lesão corporal grave, a pena de um a quatro anos de prisão subiria para de três a sete anos de reclusão.
E, no caso de morte, a pena de 4 a 12 anos de reclusão seria elevada para de 8 a 14 anos de prisão.
Hélio Lopes argumenta que as penas atuais são "amenas", e que estimulam a impunidade. Ele diz ainda que o Congresso Nacional aprovou recentemente penas maiores para os maus-tratos contra animais, que aram a ser mais pesadas que as prescritas para o abandono de incapaz, e pediu a correção do que chamou de "desproporcionalidade".
O projeto será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário da Câmara dos Deputados.