Há percentual estabelecido por resolução para candidaturas femininas e de pessoas negras por partido político, sendo que, apesar do crescimento de mulheres na política o ar das eleições, elas ainda figuram como menor número entre os candidatos, com Mato Grosso do Sul sendo o 12º nesse ranking de participação delas nos pleitos às prefeituras.
É o que aponta o estudo "Candidaturas Femininas para as Prefeituras nas Eleições 2024", feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), traçando o perfil desses projetos e a evolução dos números com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Pelos números, com 39 candidaturas femininas, elas representam 17% dos projetos às prefeituras de Mato Grosso do Sul, percentual esse que deixa o Estado figurando na 12ª colocação, atrás de Unidades da Federação como Amapá, onde o total é inclusive menor que o de MS.
Entre as 10 UF's que lideram o ranking, e seus respectivos percentuais de candidaturas femininas, aparecem:
RR: 25%
RN: 24%
SE: 23%
PB: 21%
MA: 21%
AL: 19%
CE: 19%
TO: 17,34%
PA: 17%
RJ: 17%
Como bem aponta material divulgado pela CNM, as 2.311 candidatas registradas nacionalmente para as eleições deste ano, concorrendo às prefeituras de 1.947 cidades, representam 15% dos candidatos totais, percentual considerado baixo pela Confederação apesar do crescimento do índice.
No recorte entre as regiões, o Centro-Oeste fica com o terceiro menor índice de representação feminina nas eleições 2024 (15%), atrás do Sudeste e do Sul que marcaram 13% de candidaturas femininas cada um.
Conforme o balanço da CNM, nos últimos 24 anos e sete disputas eleitorais do período, as candidaturas femininas cresceram, indo de 1.150 para 2.311.
Ou seja, na virada do milênio (nos anos 2000) a cada 100 candidaturas, oito eram de chapas encabeçadas por mulheres, sendo que para as eleições deste ano a razão cresceu para 15, no mesmo universo comparativo.