Daniel Junior é eleito presidente da UCV-MS e promete auditoria

O vereador douradense Daniel Júnior foi eleito o novo presidente da União das Câmaras de Vereadores de Mato Grosso do Sul (UCV-MS), encerrando uma gestão de 12 anos de Jeovani Vieira, representante do município de Jateí, que concorria à reeleição. A votação foi acirrada, com Daniel obtendo 198 votos contra 166 de Jeovani, uma diferença de apenas 32 votos.

A vitória é vista como histórica pela entidade, responsável por representar as câmaras municipais em todo o estado. Ao assumir o cargo, Daniel anunciou medidas imediatas para enfrentar os problemas financeiros e istrativos da UCV-MS, atualmente sob investigação do Ministério Público Estadual (MPE) devido a denúncias de compras irregulares.

“A situação financeira da UCV-MS é preocupante. Sabemos dos escândalos envolvendo a entidade e nossa primeira ação será realizar uma auditoria detalhada. Em seis meses, esperamos recuperar as contas e a credibilidade da instituição”, afirmou Daniel logo após a eleição.

Além do novo presidente, a chapa eleita conta com representantes de diversas regiões do estado. Entre eles estão os vice-presidentes Coringa, vereador de Campo Grande, e Leandro Guimarães Caramalac da Costa, de Terenos. As secretarias ficarão com José Pereira de Figueiredo, vereador em Vicentina; Gabriel Pinheiro David, de Juti; e José Lourenço Braga Marin, de Cassilândia. Já a tesouraria será comandada por José Claro dos Santos Neto, vereador em Campo Grande; Vander Henrique Nunes Dosso, de Laguna Carapã; e Amauri Olartechea, representante de Rio Verde de Mato Grosso.

A nova diretoria também anunciou que pretende reformar o regimento interno da entidade, propondo a redução do período de mandato presidencial de quatro para dois anos, com direito a apenas uma reeleição. Para o vice-presidente eleito, Junior Coringa, essa medida contribuirá para tornar a gestão mais democrática e atraente para novos filiados.

Atualmente, apenas 31 das 69 câmaras municipais sul-mato-grossenses fazem parte da UCV-MS. Coringa atribui essa baixa adesão à falta de transparência e problemas istrativos da gestão anterior. “A ausência de certidão negativa impedia as câmaras de se filiarem ou estabelecerem convênios com a entidade”, explicou.

Coringa também anunciou que será nomeado imediatamente um interventor para garantir uma transição transparente entre gestões. “Queremos que todas as câmaras municipais se sintam representadas. Vamos reconstruir a credibilidade da UCV-MS e aumentar significativamente a filiação das casas legislativas”, concluiu.

O principal desafio da nova gestão será recuperar a confiança das câmaras municipais do estado, consolidando novamente a relevância institucional da UCV-MS em Mato Grosso do Sul.