O prefeito de Dourados Alan Guedes (PP), derrotado nas eleições municipais de 6 de outubro, não entregou a apresentação das contas final referente às eleições municipais de 2024 e com isso "ganhou" certidão de inadimplência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Todos os candidatos que participaram do primeiro turno das eleições tinham até o dia 5 de novembro para enviar a prestação de contas à Justiça Eleitoral. As informações sobre movimentação bancária, receitas e despesas realizadas durante a campanha deveriam ser declaradas por meio do Sistema de Prestações de Contas Eleitorais.
Os demais postulantes ao cargo de prefeito de Dourados - Marçal Filho (prefeito eleito), Bela Barros, Beto Teles, Racib Harb, Tiago Botelho e Valderi Garcia - entregaram as declarações dentro do prazo.
Junto à prestação de contas digital, os candidatos e partidos são obrigados a apresentar documentos que comprovem as informações declaradas, como contratos, notas fiscais, extratos bancários e demais registros financeiros.
O limite de gastos para candidato a prefeito em Dourados foi de R$ 1,8 milhão. A última declaração parcial apresentada por Alan Guedes foi de R$ 1,3 milhão de despesas, sendo o maior percentual para pagar serviços advocatícios, de R$ 300 mil, seguido de publicidade por materiais impressos, de R$ 296,8 mil. Na sequência aparece serviços contábeis, com R$ 160 mil, despesas com pessoal, de R$ 133,8 mil, além de produção de programas eleitorais, de R$ 120 mil. As informações constam no Divulga Cand da Justiça Eleitoral.
Conforme o TSE, as contas julgadas não prestadas acarretarão ao candidato o impedimento de obter a certidão de quitação eleitoral até o fim da legislatura, persistindo os efeitos da restrição após esse período até a efetiva apresentação das contas.
A assessoria do prefeito Alan Guedes foi procurada para saber os motivos da ausência de prestação de contas final, mas até o fechamento deste material não teve resposta. O espaço segue aberto.