Um homem identificado inicialmente como Rafael, conhecido pelo apelido de "Boquinha", morreu em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar no início da noite desta quinta-feira (20), na entrada do Assentamento Santa Mônica, localizado na BR-060, entre Campo Grande e Terenos. Durante a ação, a polícia prendeu Maurício da Silva Romero, de 20 anos, em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Segundo o boletim de ocorrência, equipes do Choque se deslocaram até a região após denúncias de que suspeitos de homicídios ocorridos na capital estariam escondidos no local. Durante a abordagem, Maurício foi preso por conta de um mandado de prisão relacionado à morte do traficante Thiago Leite Neves, conhecido como "Diabolin", assassinado no dia 10 de março no bairro Parque do Lageado.
Ainda conforme o registro policial, Maurício confessou participação no crime e revelou que Boquinha foi o autor dos disparos. Ele detalhou que atuava como motorista na execução, pilotando a motocicleta enquanto seu comparsa efetuava os tiros que mataram Thiago.
Além desse assassinato, Maurício também confessou envolvimento em outros dois homicídios: o de Felipe Augusto de Brito Correa, ocorrido no bairro Tijuca em 1º de fevereiro de 2025, e o de Douglas Cosme dos Santos Rocha, morto no bairro São Conrado em 8 de fevereiro de 2025. Pelo envolvimento nos crimes, ele relatou ter recebido R$ 2 mil por execução.
Após sua prisão, Maurício indicou o local onde havia escondido a arma utilizada nos assassinatos: uma pistola Glock, calibre 9mm, acompanhada de um carregador com capacidade para 30 cartuchos.
O confronto entre Boquinha e a polícia ocorreu antes da prisão de Maurício. Conforme a versão da PM, Rafael tentou fugir e se esconder em uma residência, onde sacou uma pistola. Diante da ameaça, os militares reagiram com disparos. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o transporte para uma unidade de saúde.
A Polícia Militar não divulgou mais detalhes sobre o número de disparos ou informações sobre a arma encontrada com Boquinha. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol. Maurício, por sua vez, será ouvido pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa).