Nesta terça-feira (21), a Polícia Civil de Goiás, com apoio do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia Regional de Dourados, realizou a Operação 'Código de Barras', que desmantelou uma organização criminosa responsável por aplicar golpes de estelionato em larga escala. O grupo utilizava boletos bancários fraudulentos para enganar vítimas em diversos estados brasileiros.
A operação, coordenada pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), mobilizou mais de 100 policiais civis nas cidades de Goiânia, Iporá, Trindade, Itaguaru e Israelândia. Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva, expedidos pela Comarca de Dourados, Mato Grosso do Sul.
Segundo a investigação, o grupo era comandado a partir de Goiânia, onde se encontrava sua célula central. A quadrilha operava com tecnologia avançada para falsificar boletos bancários e contava com uma rede de pessoas e contas bancárias usadas para receber os valores obtidos ilegalmente.
Os prejuízos causados pelos golpes superam R$ 1 milhão, atingindo pessoas físicas e jurídicas em diferentes estados.
Durante a operação, foram recolhidos documentos, dispositivos eletrônicos, dinheiro e outros materiais que serão analisados para aprofundar as investigações. O objetivo é identificar outros integrantes da organização e rastrear os valores desviados.
A Operação 'Código de Barras' teve início em fevereiro de 2024, após a aplicação de um golpe que resultou no pagamento indevido de mais de R$ 500 mil por um funcionário de uma lotérica. A investigação utilizou técnicas de inteligência, interceptações telefônicas e quebras de sigilo bancário para mapear o organograma da organização criminosa.
De acordo com o delegado Erasmo Cubas, titular do SIG-Dourados, "a integração entre a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul e a de Goiás foi essencial para o sucesso da ação, reforçando o compromisso das instituições no combate ao crime organizado".
As buscas ocorreram nas residências de pessoas que emprestaram contas bancárias para o grupo e nos endereços dos principais beneficiários do esquema. As prisões e as provas recolhidas devem contribuir para responsabilizar os envolvidos e evitar novos crimes.
A operação destaca a importância da cooperação interestadual no enfrentamento de crimes complexos, garantindo maior segurança à sociedade.