Apesar disso, ele alertou que, depois de imunizar os profissionais de saúde e idosos, os países devem compartilhar doses da medicação com outros países para erradicar o mortal coronavírus
13/02/2021 18h07 - Por ONU
O número de pessoas vacinadas contra a COVID-19 já é maior do que a quantidade de pessoas infectadas, segundo o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Apesar disso, ele alertou que, depois de imunizar os profissionais de saúde e idosos, os países devem compartilhar doses da medicação com outros países para erradicar o mortal coronavírus.
"De certa maneira, são boas notícias e uma conquista notável em tão curto período de tempo", Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, relatou a jornalistas em Genebra na última sexta-feira.
No entanto, ele lembrou que "mais de três quartos das vacinações aconteceram em apenas 10 países, que possuem cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) global".
Isto signidica que 130 países, com 2,5 bilhões de pessoas, ainda não istraram nenhuma dose.
Compartilhar e proteger – Com o cenário de que alguns países já vacinaram até populações de baixo risco, Tedros reconheceu que enquanto os governos têm a obrigação de proteger seu povo, depois de imunizar trabalhadores em saúde e idosos, "o melhor jeito de proteger o resto da população é compartilhar vacinas, para que outros países possam fazer o mesmo".
"Se não eliminarmos o vírus em todos os lugares, poderemos terminar de volta à estaca zero", advertiu o chefe da OMS.
Na semana ada, a iniciativa COVAX, liderada pela ONU, publicou sua previsão de distribuição de doses para os estados participantes.
Notando que "os países estão prontos mas as vacinas não", Tedros novamente reforçou a necessidade das nações compartilharem doses.
"Mas nós também precisamos uma escalada massiva na produção", ele afirmou. Chamando atenção para o anúncio da gigante farmacêutica sa Sanofi de tornar sua infraestrutura de produção disponível para fazer a vacina da Pfizer/BioNTech, ele pediu que outras empresas sigam o exemplo.
"Empresas podem emitir licenças não-exclusivas para permitir que outros fabricantes façam suas vacinas – um mecanismo que já foi usado antes para aumentar o o a tratamentos de HIV e hepatite C", afirmou o chefe da OMS.
Tendo recebido substancial financiamento público, ele ressaltou que "os fabricantes podem fazer mais".
"Encorajamos todos os fabricantes a compartilhar seus dados e tecnologia para garantir o global igualitário a vacinas", Tedros disse.
Ele também pediu que as empresas "compartilhem seus dossiês" com a OMS mais rapidamente e completamente do que têm feito, "para que possamos revisar a lista de uso emergencial".