Graciane de Sousa Silva, de 40 anos, morreu neste domingo (25) após sofrer agressões por quatro dias consecutivos dentro da própria casa, no município de Angélica. Ela é a 12ª vítima de feminicídio registrada em Mato Grosso do Sul em 2025.
Segundo informações do Jornal da Nova, Graciane foi internada na noite da última quarta-feira (21) no Hospital ABA (Associação Beneficente Angélica) com diversas lesões causadas por agressões do companheiro, com quem mantinha um relacionamento há sete anos. Funcionários do hospital acionaram a Polícia Civil no dia seguinte, alertando para a gravidade do caso.
Ainda internada, Graciane relatou a um investigador que era constantemente espancada pelo marido. Entre os dias 17 e 21 de maio, ela teria sido violentamente agredida com chutes na barriga, costas e ombros. A denúncia apontou que a vítima foi socorrida pelo proprietário do imóvel onde o casal vivia.
Diante do agravamento do estado de saúde, Graciane foi transferida para o Hospital Regional de Nova Andradina, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de domingo.
O companheiro da vítima chegou a comparecer à delegacia na última quinta-feira (22), onde negou as agressões. A Polícia Civil aguarda o resultado do laudo necroscópico e já determinou diligências no inquérito. A prisão temporária do suspeito deve ser solicitada nos próximos dias.
Outro caso recente
A morte de Graciane ocorre apenas dois dias após o assassinato de Olizandra Vera Cano, de 26 anos, também vítima de feminicídio em Coronel Sapucaia. Ela foi morta com golpes de faca no pescoço pelo marido, de 32 anos, que foi preso em flagrante.
Com 12 feminicídios em menos de cinco meses, Mato Grosso do Sul mantém um dos índices mais altos do país neste tipo de crime, reforçando a necessidade urgente de políticas públicas de combate à violência contra a mulher.