Wilson Garcia, de 28 anos, preso nesta quarta-feira (19) após ass sua esposa, Juliana Domingues, também de 28 anos, na comunidade indígena Nhu Porã, localizada às margens da BR-163, em Dourados, alega que foi agredido pela mulher antes do crime. As declarações foram dadas ao delegado Erasmo Cubas, chefe do SIG (Serviço de Investigações Gerais) da Polícia Civil.
O feminicídio, que ocorreu na noite de terça-feira (18), foi o terceiro registrado em Mato Grosso do Sul neste ano e aconteceu na presença do filho do casal.
Após cometer o crime, Wilson fugiu para a aldeia Teykuê, em Caarapó, onde ou a madrugada. Equipes do SIG, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que disponibilizou um helicóptero, localizaram e prenderam o suspeito na manhã desta quarta-feira.
Durante coletiva de imprensa, o delegado titular do SIG, Erasmo Cubas, informou que Wilson foi encontrado na casa de conhecidos e alegou que matou a esposa após ter sido agredido por ela. No entanto, ele negou que o casal tivesse consumido bebida alcoólica antes da discussão.
A foice usada no crime foi apreendida, assim como um facão que, segundo Wilson, estava em posse de Juliana no momento da briga. O delegado confirmou que não há dúvidas de que Wilson foi o responsável pelos golpes que resultaram na morte da vítima.
Embora testemunhas tenham relatado pouco sobre o que a criança presenciou, o menor deverá ser ouvido na fase judicial do caso. Além disso, não foram encontrados registros de boletins de ocorrência ou pedidos de medidas protetivas envolvendo o casal.
A Polícia Civil segue com as investigações.