A companheira de um detento está sendo investigada no âmbito da Operação Sátrapa, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Mato Grosso do Sul (Ficco/MS) nesta quinta-feira (13). Segundo as apurações, ela teria participação ativa em atividades ilícitas relacionadas ao crime organizado, o que inclui a entrada de drogas e celulares no Presídio Estadual de Dourados (PED).
As investigações apontam que a mulher, que é advogada, estaria envolvida na articulação de crimes dentro e fora da penitenciária. Seu companheiro, identificado como líder de uma facção criminosa, atualmente cumpre pena em um presídio federal.
Além dela, o diretor da PED, Rangel Schveiger, também foi afastado do cargo e ará a utilizar tornozeleira eletrônica. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Dourados, Rio Brilhante, Naviraí e Marília (SP), resultando na apreensão de celulares e computadores.
A investigação segue em andamento para identificar outros envolvidos e esclarecer a extensão da participação da companheira do detento nos crimes investigados.
A Agepen (Agência Estadual de istração do Sistema Penitenciário) informou em nota que está acompanhando a operação conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) na Penitenciária Estadual de Dourados (PED), que resultou no afastamento do diretor da unidade.
“Para garantir a continuidade da gestão, a Agepen designou interventores que responderão pela istração da unidade pelo período necessário. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência, a legalidade e a ética na istração penitenciária. Esclarecimentos sobre a operação em andamento devem ser obtidos diretamente com a FICCO”, traz a nota.
O nome da operação se deu em referência aos governadores de Satrapias, na antiga Pérsia. “Tais governadores eram indivíduos poderosos, arbitrários e tiranos, que se utilizavam do aparato estatal para atingir seus interesses pessoais. Indícios históricos revelam ainda que os Sátrapas jogavam pessoas contrárias ao seu governo em cova dos leões desarmadas para serem mortos, assim como os crimes nesta investigação apurados”.