Relatório da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal indicou que, entre janeiro e outubro de 2024, foram apreendidos 57,78 mil quilos de cocaína em Mato Grosso do Sul, resultando em um prejuízo estimado de R$ 10,4 bilhões ao crime organizado. Contudo, o número diverge drasticamente dos dados de outras instituições:
As discrepâncias são atribuídas à ausência de uma centralização eficiente das informações entre as diferentes forças de segurança, como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), e as polícias estaduais.
Se a estimativa federal de 57,78 mil quilos de cocaína for correta, o prejuízo ao narcotráfico teria sido de R$ 10,4 bilhões. Entretanto, considerando o número mais realista da Sejusp (13,37 mil quilos), o impacto ainda é significativo, R$ 2,4 bilhões.
O preço médio da cocaína é estimado em R$ 180 mil por quilo, segundo a PRF. Na maior apreensão do estado, realizada em fevereiro de 2023, foram interceptados 1,9 mil quilos, gerando um prejuízo estimado de R$ 334 milhões.
Apesar das apreensões recordes nos últimos anos, autoridades e relatórios internacionais, como os da ONU, estimam que apenas 10% da cocaína produzida mundialmente é interceptada. Esse dado sugere que as quadrilhas já consideram perdas nos cálculos de operação, minimizando os impactos financeiros.
A falta de estatísticas confiáveis aponta para a ausência de uma política nacional consistente de combate ao narcotráfico, especialmente no que se refere à cocaína.
Enquanto as apreensões de cocaína apresentam divergências significativas, os números referentes à maconha mostram maior consistência:
A proximidade nos dados sugere que o controle sobre essa droga mais barata é mais consolidado, diferentemente da cocaína, cuja logística e alto valor tornam o rastreamento mais complexo.