Para o combate à COVID-19 foram concedidas 2.600 bolsas, com investimento de R$ 200 milhões
04/01/2021 15h09 - Por Ministério da Educação
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), tem se empenhado na redução de assimetrias no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) e na aproximação da academia com as demandas da sociedade.
Sua meta é promover o avanço científico, tecnológico e de inovação no País, impulsionando áreas menos desenvolvidas, por meio de três programas estratégicos lançados em 2020: Programa de Combate a Epidemias, Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) Parcerias Estratégicas nos Estados e PDPG Amazônia Legal.
Principal ação da CAPES no enfrentamento ao novo coronavírus, o Programa de Combate a Epidemias engloba a concessão de 2.600 bolsas e um investimento de R$ 200 milhões em quatro anos.
Três editais selecionaram 109 projetos de 42 instituições de ensino superior. Em cada um deles a Fundação estimula pesquisas sobre a COVID-19 e outras doenças.
Lucio Freitas-Junior, pesquisador do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP), coordena um dos projetos selecionados no Programa de Combate a Epidemias.
O laboratório liderado pelo cientista tenta adaptar, para o combate à COVID-19, medicamentos usados no tratamento a outras doenças.
Ele destaca a importância dos editais. "Trabalhamos com o objetivo de fazer algo na bancada que possa, efetivamente, ajudar as pessoas a curto prazo", afirma.
Com um orçamento parecido ao do combate à pandemia, o PDPG Parcerias Estratégicas nos Estados é resultado de um trabalho conjunto com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), responsáveis por identificar programas de pós-graduação (PPGs) emergentes (com notas 3 e 4 na avaliação da CAPES – que adota uma escala de 1 a 7 – e com potencial para crescimento) e áreas estratégicas.
Haverá a concessão de 1.800 bolsas e investimento de R$ 200 milhões em cinco anos.
O terceiro programa de desenvolvimento da pós-graduação lançado em 2020 compreende a região conhecida como Amazônia Legal, composta pelos estados da Região Norte, Maranhão e Mato Grosso.
São 67 projetos selecionados e 488 bolsas ofertadas, com um investimento de R$ 42 milhões. Assim como as parcerias com as FAPs, o objetivo é diminuir assimetrias.
A área concentra PPGs de notas 3 e 4 com potencial para crescimento.
Uma característica em comum às três iniciativas é a presença de bolsistas de pós-doutorado. Cientistas mais experientes unem forças a doutorandos e mestrandos para colocar a pós-graduação como protagonista do desenvolvimento científico e tecnológico, atender demandas da sociedade por meio da pesquisa e trabalhar para reduzir as desigualdades nas instituições de ensino superior de todo o País.
A CAPES concedeu 1.255 novos auxílios nessa modalidade por meio dos programas estratégicos induzidos.
"Estou bastante otimista em relação ao avanço da ciência para contornar e conviver com essa situação de maneira razoável.
Nunca antes se ouviu tanto falar de ciência.
A pandemia trouxe isso: levar à sociedade em geral o papel da ciência, da pesquisa, do conhecimento científico para combater a COVID-19", avalia Benedito Aguiar, presidente da CAPES.
Assessoria de Comunicação Social da Capes