03/06/2021 13h58 - Por:Da redação
Mato Grosso SUl registrou o segundo caso de paciente suspeito de estar com fungo negro, informou a SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul). A notificação ocorreu em Corumbá em um homem com 52 anos.
Ele apresentou sintomas de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em 22 de maio, e testou positivo para Covid-19 no dia 27. Obeso e hipertenso, recebeu as duas doses da vacina contra o novo coronavírus em 20 de janeiro e 5 de fevereiro. Na quarta-feira (2), ele apresentou sinais da mucormicose.
Intubado na UTI de um hospital local, o homem apresentou necrose ocular bilateral.
O primeiro caso suspeito no Estado foi de um idoso de 71 anos, que estava internado no Hospital Adventista do Pênfigo, em Campo Grande. Ele morreu ontem.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, os primeiros sinais da infecção pelo fungo negro se manifestaram no dia 29 de maio, com a doença atingindo o olho esquerdo.
O paciente já havia tomado as duas doses contra a Covid, no dia 23 de março e 23 de abril. Os primeiros sintomas da Covid-19 ocorreu no dia 9 de maio, mas apenas em 18 daquele mês testou positivo para a doença e já foi internado. O resultado da biópsia ainda não saiu.
Fungo negro
Com alto índice de letalidade, o fungo negro não é novidade para as autoridades sanitárias. O que preocupa, no entanto, é o relativo descontrole da pandemia da covid-19 nacionalmente, que em conjunto com a murcomicose, pode causar ainda mais problemas para os órgãos de saúde.
O fungo negro ocorre quando há exposição a um tipo de mofo encontrado no solo, plantas, esterco e frutas e vegetais em decomposição. A mucormicose afeta os seios da face, cérebro e pulmões, além de poder ser fatal em diabéticos ou em indivíduos gravemente imunodeprimidos.
A taxa de mortalidade geral é de 50% e pode ser desencadeada pelo uso de esteroides, tratamento que é usado na recuperação de casos graves de covid e pessoas com doenças críticas.