O homem condenado como mandante do assassinato da ex-prefeita de Mundo Novo, Dorcelina Folador, pediu exoneração do cargo de fiscal da Vigilância Sanitária do município após a repercussão negativa de sua nomeação. A decisão foi encaminhada ao Executivo Municipal sob a justificativa de que ele "não queria causar transtornos".
J.M.S havia retornado à istração pública 25 anos após o crime, ocorrido em 1999, quando Dorcelina foi morta a tiros aos 36 anos. O caso gerou forte repercussão nas redes sociais e na imprensa, levando à decisão de saída do servidor.
A Prefeitura de Mundo Novo divulgou uma nota de esclarecimento informando que a exoneração foi um pedido do próprio servidor e ressaltando que sua contratação ocorreu na gestão anterior, sob o comando do então prefeito Valdomiro Sobrinho.
A atual prefeita, Rosária Lucca, defendeu que sempre teve uma visão humanitária e de reintegração social de ex-detentos, mas reafirmou seu respeito aos familiares da ex-prefeita assassinada e garantiu que suas decisões são pautadas na legalidade e transparência da istração pública.
Mesmo condenado pela Justiça como mandante do crime, J.M.S. não possuía impedimentos legais para assumir o cargo público, ao qual foi contratado por meio de um processo seletivo em 2024. No entanto, diante da forte pressão popular, ele decidiu voluntariamente solicitar sua saída da função.
Em 30 de outubro de 1999, a então prefeita Dorcelina Folador foi assassinada na varanda de sua casa, em um crime de pistolagem. As investigações apontaram que J.M.S. contratou o pistoleiro G.M. por R$ 35 mil para executar o crime.
Dorcelina era uma liderança política e social em Mundo Novo. Eleita pelo Partido dos Trabalhadores (PT), foi militante ativa em movimentos sociais, especialmente na Pastoral da Juventude e no Movimento Sem Terra (MST).
O assassinato da ex-prefeita completou 25 anos em outubro de 2024 e segue sendo um marco na história política de Mato Grosso do Sul.