23/08/2021 13h37
O Corpo de Bombeiros intensificou o combate aos incêndios florestais que ocorrem há vários dias na região do Carandazal, Pantanal do Nabileque, entre Corumbá e Porto Murtinho, com apoio de mais militares, de aeronaves e das propriedades rurais. É a situação mais crítica atualmente da presença do fogo em Mato Grosso do Sul, devido às altas temperaturas e baixa umidade do ar, com a vegetação muito seca facilitando a propagação dos incêndios.
As ações de combate, prevenção e monitoramento dos focos de calor estão sendo desenvolvidas pela Operação Hefesto há 53 dias no Pantanal, com base em Corumbá, envolvendo 135 bombeiros, quatro viaturas e oito aeronaves. Uma Sala de Situação instalada no Centro de Proteção Ambiental – unidade do Corpo de Bombeiros dentro do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande – realiza monitoramento diário por satélite dos focos de calor.
Com o aumento do fogo no Carandazal, atingindo uma extensa floresta desta espécie nativa do Pantanal, o comando da Operação Hefesto, sob a responsabilidade da tenente-coronel Tatiane Dias de Oliveira Inoue, montou uma base operacional na região para dar e às aeronaves Air Tractor, as quais auxiliam os combates por terra com lançamento de água. Outra base opera no aeroporto internacional de Corumbá para atender o Norte do Pantanal.
Somente no domingo (22) foram realizadas cinco operações de combate às chamas, algumas fora do bioma pantaneiro – em Bela Vista, Água Clara e na RPPN Cisalpina (de responsabilidade da CESP), situada em Brasilândia, região Leste do Estado. No Paraguai-Mirim, ao Norte de Corumbá, um grande incêndio foi controlado e uma equipe de bombeiros permanece na área fazendo trabalho de rescaldo e monitoramento. O Exército apoia o combate em Bela Vista.
Carandazal
"Hoje a situação mais crítica permanece na região do Caradanzal", informou a tenente-coronel Tatiane Dias. "Os focos estavam praticamente controlados e em monitoramento, após combates em mais de duas semanas, porém as mudanças climáticas são constantes, o vento mudou de direção e o fogo voltou a se propagar e a área destruída já é vem representativa. Reforçamos as equipes e contamos com o apoio aéreo", acrescentou.
Em Bela Vista, na fronteira com o Paraguai, os bombeiros combatem incêndios nas regiões do Lixão, Fazenda Rancherinha, Estrada Boiadeira, Aeroporto, Trevo da Cerâmica e Aldeia Pirakuá, com emprego de 20 militares. O Exército apoia a ação com 125 homens, veículos e equipamentos. A Defesa Civil Municipal, o Sindicato Rural e a empresa Calcário Oroytê cederam máquinas e caminhões-pipa.