A Assembleia Legislativa de MS aprovou nesta quinta-feira (29) a criação do “Dia Estadual dos Legendários” em Mato Grosso do Sul. A proposta, de autoria do deputado estadual Rinaldo Modesto (Podemos), estabelece a data comemorativa no dia 13 de julho, com o objetivo de reconhecer o movimento que promove valores como fé, solidariedade e liderança masculina. O projeto agora aguarda sanção do governador Eduardo Riedel para ser incluído no calendário oficial do Estado. O movimento tem o grito de guerra "Ahu".
De acordo com o texto aprovado, o movimento Legendários busca “resgatar a hombridade” e fortalecer a relação do homem com Deus, com a família e com a comunidade. Os participantes am por desafios na natureza, trilhas e encontros que visam à transformação pessoal e espiritual.
“O homem de verdade sabe o valor das mulheres, e entende a importância de cuidar da sua esposa e de sua família”, destaca o projeto, que descreve o movimento como uma ferramenta para despertar propósito e identidade masculina.
Prisão de integrante em MS
A proposta foi apresentada em novembro de 2023, antes da prisão de um comerciante, identificado como “Legendário 49075”, detido no início de maio em uma operação da Polícia Civil de Dourados. Ele é acusado de envolvimento em esquema de tráfico interestadual de drogas.
Segundo a investigação, Renan usava a própria hamburgueria como entreposto para armazenamento de pasta-base de cocaína. Durante a ação policial, 150 quilos da droga foram encontrados no local. Renan foi preso junto com outros dois homens, Anderson Moreira da Rosa e Maurício Martins da Paixão, que teriam transportado a carga da fronteira. Todos foram autuados em flagrante.
Movimento internacional
Criado nos Estados Unidos, o Legendários chegou ao Brasil em 2017 e desde então vem ganhando seguidores. O movimento é voltado exclusivamente para homens — solteiros ou casados — e realiza eventos com experiências que variam de R$ 450 a mais de R$ 81 mil. Entre os participantes mais conhecidos estão Thiago Nigro, Neymar Pai, Eliezer e o empresário Kaká Diniz.
O Brasil já é o segundo país com maior número de adeptos do movimento. Apesar da controvérsia recente envolvendo um de seus membros, o objetivo do projeto aprovado é valorizar os princípios defendidos oficialmente pelo grupo.