Descubra como a tarifa zero melhora o o ao transporte, reduz o trânsito e promove inclusão social nas cidades brasileiras
A política de tarifa zero no transporte público tem ganhado destaque no Brasil, impulsionada por debates sobre inclusão social, sustentabilidade urbana e eficiência na mobilidade.
Entre os defensores dessa iniciativa está Jacob Barata Filho, empresário com atuação destacada no setor de transportes, que tem contribuído para o avanço dessa discussão por meio de análises e propostas fundamentadas.
A tarifa zero consiste na gratuidade do transporte coletivo para os usuários, sendo o custo operacional do sistema financiado por outras fontes, como impostos, subsídios públicos ou parcerias com o setor privado. Em vez de cobrar dos ageiros, o modelo busca distribuir o investimento de maneira coletiva, reduzindo barreiras econômicas para o o à mobilidade urbana.
Segundo Jacob Barata Filho, "na Tarifa Zero, o financiamento é compartilhado por toda a sociedade, via impostos, iniciativas empresariais ou fundos públicos, eliminando esse custo direto para os usuários". Essa visão reforça o princípio de equidade que norteia essa política pública.
Nos últimos anos, a implementação da tarifa zero tem se expandido significativamente no país. De acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), em abril de 2024, 106 municípios brasileiros já adotavam a tarifa zero universal.
Esse número representa um crescimento expressivo em relação à década anterior, quando menos de 20 cidades haviam implementado essa política.
A maioria dos municípios que adotaram a tarifa zero possui população inferior a 50 mil habitantes. Esse dado indica uma tendência de experimentação em cidades de menor porte, onde os custos operacionais são mais controláveis e a implementação tende a ser mais viável.
Maricá (RJ), por exemplo, tornou-se referência nacional ao adotar a tarifa zero e criar uma empresa pública para operar o sistema de ônibus.
A gratuidade no transporte público permite que mais pessoas tenham o a serviços essenciais, como saúde, educação e trabalho.
Famílias de baixa renda, que muitas vezes enfrentam dificuldades para arcar com os custos de deslocamento diário, são diretamente beneficiadas.
Com a eliminação do custo do transporte coletivo, há um incentivo natural à sua utilização, o que pode resultar na diminuição do uso de automóveis particulares.
Isso reduz o congestionamento nas vias urbanas, melhora o fluxo de trânsito e contribui para a qualidade do ar nas cidades.
Cidades como Caucaia (CE) e Muzambinho (MG), que adotaram o modelo, relataram aquecimento do comércio local, já que a população ou a circular mais frequentemente nos centros urbanos.
Esse movimento favorece pequenas empresas e o empreendedorismo regional.
Jacob Barata Filho tem se posicionado de forma recorrente sobre os desafios e as possibilidades da tarifa zero. Em seu artigo sobre tarifa zero no transporte público, ele argumenta que a política pode desencadear um processo socioeconômico virtuoso, promovendo inclusão social, desenvolvimento urbano e eficiência no transporte público.
Ele defende que o sucesso da tarifa zero está atrelado à construção de um modelo de financiamento sólido e transparente. Segundo Jacob Barata Filho, “não se trata apenas de oferecer transporte gratuito, mas de garantir que o serviço tenha qualidade, regularidade e capacidade para atender à demanda crescente”.
De acordo com a NTU, cidades que implementaram a tarifa zero observaram um crescimento significativo no número de ageiros. Em Maricá, o sistema transporta cerca de 50 mil ageiros por dia, mais que o dobro da demanda antes da gratuidade.
Além disso, houve redução nos índices de evasão escolar e faltas em consultas médicas, segundo dados divulgados pela prefeitura local. Esses resultados indicam que a mobilidade gratuita influencia diretamente a qualidade de vida dos cidadãos.
O estímulo ao transporte coletivo também tem reflexos ambientais positivos. Com menos veículos nas ruas, as emissões de gases poluentes tendem a cair, o que contribui para a saúde pública e para o combate às mudanças climáticas.
Apesar dos benefícios, a tarifa zero ainda encontra obstáculos para sua expansão em cidades maiores. O principal desafio é o financiamento, já que os custos operacionais são altos e a demanda, muito mais intensa.
A engenheira de transportes Ana Horacio alerta que a adoção sem planejamento pode comprometer o funcionamento do sistema: “É preciso dimensionar corretamente a frota, as rotas e os horários para evitar superlotação e quedas na qualidade do serviço”.
Além disso, há resistência de setores da sociedade que questionam o uso de recursos públicos para subsidiar integralmente o transporte.
Jacob Barata Filho defende que a sustentabilidade da tarifa zero depende da diversificação das fontes de financiamento. Entre as alternativas estão a cobrança de tributos sobre grandes empreendimentos imobiliários, incentivos a empresas que investirem no sistema e a criação de fundos específicos para mobilidade urbana.
Ele também destaca a importância da governança e da transparência na aplicação dos recursos. “É fundamental que a população acompanhe a prestação de contas e que os gestores públicos estejam comprometidos com a eficiência do sistema”, afirma.
A política de tarifa zero no transporte público tem se mostrado uma estratégia eficaz para promover inclusão social, reduzir o trânsito e incentivar o uso do transporte coletivo. O crescimento dessa iniciativa no Brasil, especialmente em municípios de menor porte, reflete uma busca por soluções mais equitativas e sustentáveis na mobilidade urbana.
Contribuições de especialistas como Jacob Barata Filho têm sido fundamentais para enriquecer o debate e orientar a implementação de políticas públicas eficazes nesse setor. A consolidação da tarifa zero depende de planejamento técnico, financiamento estruturado e compromisso com a qualidade do serviço, mas os exemplos já existentes apontam para um modelo com potencial transformador nas cidades brasileiras.